Todos os anos, milhares de pessoas (para não dizer mais) definem os objetivos para o novo ano que vai entrar.
Escolhem 12 vitórias que gostavam de ter por cada mês que o ano contém.
Mas há uma falha muito grande na forma como esses objetivos são definidos: nenhum deles é visual; nenhum deles é descrito. Só é pensado ou escrito num papel.
Quando falamos em storytelling, estamos a trazer o elemento visual aos nossos objetivos.
E, ao trazer o elemento visual, a nossa própria vontade de os conquistar aumenta consideravelmente.
É assim que definimos objetivos na Bizy: visualmente.
Como é que também tu podes usar storytelling para definir objetivos?
A ligação entre storytelling e objetivos
Como é que explicas os conceitos de amor? Amizade? Respeito?
Alguns dizem que é impossível explicar e descrever.
Mas aqueles que já sentiram (ou sentem) cada um desses sentimentos podem contar-vos uma história.
Que amor são as borboletas na barriga que teimam em não te largar, mesmo quando já vives com essa pessoa.
Que amizade é passar meses sem falar com alguém e, num café de sábado à tarde, parecer quase como se a conversa nem nunca tivesse sido pausada.
Este tipo de exemplos são histórias. Simplificadas, mas são histórias.
São formas que arranjamos para tentar trazer a pessoa para aquilo que estamos a sentir, a pensar, e a viver.
Quando contas uma história sobre o teu objetivo, estás a visualizá-lo.
Estás a torná-lo algo quase real. E isso vai ajudar-te a sentir, cheirar, tocar, e ter uma perceção quase de 360º do sabor da vitória.
Storytelling para definir objetivos não só é a melhor forma de garantir que vais atrás daquilo que realmente queres, como é a forma de trazer outras pessoas para essa tua vitória.

Storytelling para definir objetivos em 3 passos
Este artigo é um resumo da Live #25 que fizemos no nosso canal de YouTube.
Se preferes conteúdo em vídeo, podes ir para o fundo da página onde está a gravação dessa live.
Para te explicar melhor cada um dos passos, vou usar como exemplo os nossos objetivos.
Passo 1: O Ultimate Goal

Algumas pessoas chama-lhe de “objetivo de vida” ou “vida de sonho”.
Para ser diferente, chamamos-lhe de Ultimate Goal.
Este é o objetivo máximo que esperamos atingir ao longo de alguns anos.
É aquilo de que muitos falam quando dizem “reformar-me e correr o mundo.”
A diferença é que nós visualizamos o que queremos.
O Ultimate Goal vai ficando cada vez mais claro, ou mudando ligeiramente, à medida que vamos passando por mais experiências e à medida que nos vamos conhecendo melhor.
No entanto, há elementos que nunca mudam.
O nosso Ultimate Goal neste momento é este:
Nós queremos ter a possibilidade de viajar durante 1-2 meses seguidos, seja para onde for, e voltar para casa para uma nova temporada de 4-5 meses antes de voltar a fazer as malas e partir novamente. Tudo isto sem nunca deixar de trabalhar ou ter rendimentos.
O facto de acrescentarmos o tempo que queremos passar fora e em cada torna este objetivo mais visual e, por isso, mais apetecível e tangível.
Mas o Ultimate Goal, por si só, não é atingido sem objetivos principais e segundários.
Passo 2: Os patamares

Os patamares não são mais que pequenas vitórias que vamos amealhando até chegar ao nosso Ultimate Goal.
Isto é, vamos pegar no objetivo e reparti-lo em fases e objetivos mais pequenos que temos de cumprir para chegar ao Ultimate Goal.
Este passo 2 funciona melhor se pegares em papel e caneta e desenhares ou escreveres esses objetivos principais, porque vais estar a pegar num objetivo de 10 ou 15 anos e vais dividi-lo em (pelo menos) 10 ou 15 pedaços.
Como é que faz isto na prática?
Respondendo a estas questões:
- Que caminho posso tomar para chegar ao Ultimate Goal?
- Que capacidades (skills) preciso?
- Dessas skills, quais tenho de aprender do zero ou melhorar?
- Dentro do que me comprometi a fazer (o caminho que tomei), vou fazê-lo sozinha/o ou delegar? Se delegar, vai ser tudo ou apenas parte?
- Em que timings e datas preciso de atingir cada patamar para atingir o meu Ultimate Goal?
Vamos rever cada uma das 5 perguntas individualmente.
Pergunta 1 – O caminho a tomar
O que estamos, na prática, a dizer aqui é: se o teu objetivo é viajar e trabalhar, como vais conseguir isso?
No nosso caso, foi aprendendo a trabalhar online, tirando partido do que já fazíamos bem: a Marisa a comunicar, a Luciana a organizar.
Dentro das 1001 possibilidades de trabalhar online, escolhemos o nosso caminho, os nossos serviços, e a nossa forma de trabalhar.
Pergunta 2 – As skills
Para seguir esse caminho, de que vais precisar?
No nosso caso, a nível de trabalhar online, percebemos que precisávamos de capacidades de comunicação, design (mesmo que mínimo), conhecimento de redes sociais, gestão de tempo e clientes, etc.
Pergunta 3 – Aprender ou melhorar
Dentro das skills que indicaste na pergunta 2, identifica qual delas tens mesmo de aprender do zero e quais são aquelas em que já tens conhecimentos e precises de melhorar.
Melhorar não significa que não saibas fazer bem; apenas que podes ter de adaptar a um trabalho ou estar constantemente a atualizar.
Pergunta 4 – Fazer ou delegar
Regra geral, começamos sozinhos e depois delegamos.
É o lógico a fazer, o que não quer dizer que delegar à partida seja errado.
Há pessoas que começam logo a delegar, outras que delegam depois (e ainda as que têm problemas em delegar).
O nosso conselho: se é algo que te vai tomar muito tempo e de que não gostas, delega imediatamente. E foca-te no que gostas e sabes fazer.
Pergunta 5 – Calendário
Mesmo que as 4 perguntas estejam super bem definidas, não vai valer de absolutamente nada a não ser que ponhas datas e timings.
Já tens os teus patamares definidos, já sabes o que tens de aprender, melhorar ou delegar, agora só falta dar-lhes uma data limite.
Vais atingir o Patamar 1 até 31/12? Até 01/09?
Em dois meses, quatro, seis?
Pões datas limites e timings em TUDO o que possas.
Se algumas datas depois mudarem, não tem mal. Importante é que tenhas a data lá e vás fazendo o tudo por tudo para as cumprir.
Porque isso vai ajudar-te a definir a história dos teus objetivos e a identificar as tuas pequenas vitórias.
Passo 3: A história das pequenas vitórias

Num campeonato de futebol, há mais de 30 jogos que levam ao título de campeão.
Cada jogo é um patamar. O título de campeão é o Ultimate Goal.
Da mesma forma que cada equipa celebra os pontos conseguidos (com vitórias ou empates), também tu tens de celebrar as pequenas vitórias.
Mostrar aos teus seguidores, amigos e família o que estás a conseguir e construir vai ajudar-te a estabelecer-te como autoridade.
Não apenas isso, mas dá-te confiança para continuar a caminhar rumo ao teu ultimate goal.
É como na saga Harry Potter.
A cada livro ou filme, acreditamos cada vez mais que o Harry ia derrotar o Voldemort. Por causa de tudo o que entretanto ele tinha conseguido e superado a cada momento e desafio.
Conclusão
Se queres atingir objetivos, escreve-os.
Se queres cumprir objetivos, descreve-os.
Storytelling para definir objetivos pode ser exatamente aquilo de que precisas para finalmente deixares de te sentir desanimado por nunca conseguir nada.
Por nunca cumprir os 12 objetivos anuais.
Tudo começa na história que contas a ti mesmo e aos outros. E na forma mais (ou menos) visual com que pensas nela.
Gravação da Live #25 – Storytelling para definir objetivos
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