Vivemos a um ritmo acelerado.
O dia passa e por vezes nem nos lembramos do que foi o almoço – ou sequer se almoçamos.
Há alturas em que simplesmente é preciso parar.
A gestão do nosso tempo passa por uma boa gestão do nosso dia.
E quando damos por nós a olhar para o relógio e a pensar “para onde foi o tempo?” ou ainda temos que continuar o trabalho fora de horas, é provável que esse dia tenha sofrido uma má gestão de tempo.
Enquanto que um ou dois dias de má gestão de tempo não são o fim do mundo, estar continuamente neste ritmo torna-se altamente prejudicial.
Prejudica a saúde física, psicológica, e também a nossa relação com os outros.
5 sinais de que precisas de descanso
Deixas de gostar de fazer o teu trabalho
Se estás a gerir o teu próprio negócio, normalmente vais gostar do teu trabalho.
No entanto, e como se costuma dizer, “o que é demais enjoa” e com o teu negócio é igual.
Se passas grande parte do teu dia a trabalhar, algum tempo depois vais dar por ti a reclamar constantemente da quantidade de trabalho e talvez até a pensar em desistir.
Este é um sinal claro de que precisas de descanso.
Pára por um pouco.
O teu negócio não vai colapsar porque dormiste 8 horas em vez de 6, ou porque desligaste o telemóvel durante o jantar.
Todos temos direito a tempo para nós e tu não és excepção.
Não te preocupes, o teu cliente também janta.
Não te preocupes, o teu fornecedor também tem uma hora de expediente e talvez até já nem responda à encomenda de hoje.
Não te preocupes, não vais desiludir ninguém.
Saltas refeições
Saltar refeições é um sinal gravíssimo de má gestão de tempo.
Não almoçar pode significar passar mais de 4 ou 5 horas sem comer, o que depois se vai materializar numa maior ingestão de comida (nem sempre saudável) quando finalmente o fizeres.
Num dia normal de expediente de trabalho, o funcionário tem direito a uma curta pausa (de manhã e/ou de tarde, por exemplo, e também à hora de almoço ou jantar).
O funcionário pára o trabalho, pois uma das suas necessidades básicas (a alimentação) vai permitir-lhe continuar o trabalho assim que seja altura de o retomar.
O mesmo tem que acontecer com o gerente ou fundador.
Se não te alimentares devidamente, podes ter problemas de saúde que te vão impedir de continuar as tuas funções normais.
Por isso faz o que pedes também aos teus funcionários: cumpre horários.
Se precisas de ir almoçar 30 minutos mais tarde, não haverá problema.
Mas não deixes de ir.
Deixas de levar o teu filho aos treinos
Até criar a empresa e também nos seus inícios, o teu filho contava contigo para o levares ao treino de futebol ou à aula de natação.
Atualmente, essa tarefa passou para a tua cara metade, pais ou sogros.
O impacto desta mudança é brutal para o teu filho.
Embora fossem apenas 30 minutos de viagem e até te pareça pouco, esse era o tempo em que podiam falar sobre como correu a escola, sobre o último jogo do clube de que são adeptos, ou simplesmente partilhar momentos engraçados.
E, para o teu filho, saber que o pai ou mãe deixou de ter esses 30 minutos do dia para ele é terrível.
O mesmo acontece se tinham por hábito jogar algum jogo depois do jantar e deixaram de o fazer.
Ou se lhe lias uma história antes de ir dormir e deixaste de o fazer.
São mudanças que parecem pequenas, mas que têm um efeito enorme nas crianças e no seu futuro como pais ou mães.
Não deixes o crescimento do teu filho para trás.
Com certeza consegues encaixar essa viagem de 30 minutos até ao treino, ou uma hora depois do jantar para estarem juntos.
Ouve o que ele tem para contar, participa ativamente na vida dele, e não deixes que a tua empresa tome o lugar do teu filho na tua vida.
Deixas de aparecer para jantar em casa de amigos e familiares
Quem é que nunca disse “não” a uma ida ao cinema porque estava cansado ou com muito trabalho?
A resposta é “ninguém que tenha um negócio próprio” e é fácil perceber porquê.
Há realmente dias de maior cansaço e em que o trabalho se acumulou. É normal.
O que não é normal é esses dias se repetirem constantemente.
Nem é normal que não vejas os teus amigos ou fales com eles há 2 meses por esses motivos.
Recordo-me perfeitamente de quanto este tipo de situações aconteceu connosco, por isso revemo-nos nelas.
E também nos recordamos que não tínhamos qualidade de vida e que não era para viver desta forma que tínhamos criado um negócio.
Não percas o teu foco nem te esqueçasdo teu objetivo.
Lembra-te que criaste o teu negócio para ser mais independente.
Por isso não se tornes dependente dele.
Não desligas o portátil há 3 dias ou mais
Fazemos isto muitas vezes.
Em vez de desligar o portátil e perder a informação e o trabalho que estávamos a fazer, deixamo-lo apenas em suspensão e assim é mais rápido ligá-lo quando for preciso.
O que nos esquecemos é que este tipo de atitudes encurtam o tempo médio de uso do computador e não nos dá uma verdadeira paz de espírito.
Parece que ao não desligar o portátil também não desligas aquela parte de ti que tens que terminar o projeto ou orçamento e não te sentes descansado.
Então o que fazes?
Ligas o portátil em casa, enquanto vês uma série com a cara metade, e perdes tempo de qualidade com ela.
O que quer que seja que estavas a fazer pode facilmente ser guardado.
Se era um orçamento, guarda no programa que usas (Word, Excel, etc.).
Se estavas a fazer uma pesquisa importante para uma encomenda, cria uma pasta de Favoritos no seu browser e guarda os links.
Se preferires, podes também copiar os links e colar num bloco de notas.
Se tiveres mesmo que acabar o que estavas a fazer, pede à tua cara metade para lavar a loiça na tua vez (só hoje!) enquanto terminas o que tens para terminar.
Assim consegues aproveitar na mesma a série e podes finalmente desligar o portátil.
Relembra-te do objetivo: ser independente
Ninguém disse que seria fácil pôr o negócio a render ou simplesmente geri-lo.
Mas independentemente do quão trabalhoso seja, nunca te tornes dependente do trabalho.
Trabalha, sim! Mas usufrui também da qualidade de vida que desejas e com que sonhaste quando abriste o teu negócio.
Para te ajudar, lê também: 3 dicas para gerir melhor o seu tempo